Andarilhos Queluzianos no Passo e no Compasso
Esta era a caminhada que a maioria dos Andarilhos
Queluzianos aguardava. O local de início,
o percurso, a distância, morros, sol ou chuva, em nada nos preocupava, pois os
pensamentos estavam fixos no destino: o Sitio do Altair. Os Andarilhos já estiveram neste sítio
algumas vezes, e o difícil é dizer qual foi a melhor acolhida. Após algumas fotos partimos de próximo do
campo de futebol de Queluzito. No passo
a passo andamos em compasso dos diversos ritmos ditados pelo preparo, pelas
subidas, descidas, paisagens, pelas paradinhas para fotos, sendo o mais tocado,
o da vontade de chegar. O percurso não
foi grande, aproximadamente 14 km em estrada de terra. Trajeto e distância muito bem escolhidos pelo
Presidente e sua equipe de organização, porque levaram em conta que ainda
deveríamos ter muito fôlego no final da caminhada. Tudo correu tranquilo e nem a chuva
apareceu. Como previsto a mesma
foi encerrada quando atingimos o asfalto e novamente pegamos o ônibus que
nos aguardava, a fim de evitar que andássemos pela rodovia, altamente perigoso.
Chegamos ao sítio rapidinho, pois se
encontrava perto de onde o ônibus nos aguardava.
Como sempre o local da confraternização estava arrumadinho, com enfeites
de natal, faixa de boas vindas e até um
palco havia sido montado. A piscina ficou à nossa disposição e alguns aproveitaram e se refrescaram. Para agitar o
ambiente foi convidado o já nosso conhecido e admirado Gilson Santos, grande cantor,
tecladista e animador. Enquanto ele
preparava seus equipamentos para entrar em cena, iniciamos nossa reidratação e os
tira gostos começaram a ser servidos. Não
sei porque sempre falo tira gosto, quando os Andarilhos só usam petiscos, pois
tira gosto é consumido com bebidas alcoólicas, que não é nosso forte, haja
visto o volume de cerveja consumido em nossas confraternizações. Ninguém quer tirar o gosto de refrigerantes, sucos
e energéticos. Água é sem gosto. A música começou e o churrasco também, os
líquidos e petiscos continuaram agradando. No embalo da música contagiante os Andarilhos
cantavam, se agitavam e muitos dançavam. Haviam passos nos compassos e passos
descompassados. O interessante é que com
passos ou sem passos, dançando ou sentados, não importava o descompasso pois
todos se divertiam e se sentiam dentro do compasso. Devido ao talento do animador Gilson Santos e
ao seu vasto repertório o embalo era constante, principalmente quando as
músicas da velha guarda e carnavalescas eram executadas. Alguns Andarilhos demonstraram suas
habilidades de dançarinos e seus preparos físicos, tanto individualmente como
em blocos e até cordões. Foram horas e horas de alegria contagiante. Parecia nossa confraternização de
final de ano. Lá pelas 17horas foi
encerrada a festa, a música parou, o compasso evaporou e só restaram os passos
em direção ao ônibus para que retornássemos à cidade e aos nossos lares.