Já no ônibus e na van que nos levaram, a animação e
expectativas eram enormes, principalmente dos novatos. Em nossa chegada a Igreja de São Francisco,
início da caminhada, fomos recebidos pelos Andarilhos Queluzianos residentes na
capital mineira, com fogos de artifício e faixa comemorativa. Como sempre acontece, as bandeiras de
Lafaiete e dos Andarilhos foram desfraldadas e postadas à frente do grupo para
a tradicional foto. Em seguida partimos,
não para uma aventura, apenas para mostrarmos a nossa experiência, união e
amizade. Este ano efetuamos o percurso
no sentido inverso ao dos outros anos.
Foi ótima a ideia. Durante todo o
percurso cruzamos, ultrapassamos ou fomos ultrapassados por muitos caminhantes
ou atletas locais. As paisagens
contempladas foram as mais diversas, de atrativas a repulsivas. O trajeto é praticamente plano, mas a impressão é que os quase
19 km nunca terminarão. Quanto
mais andamos mais parece que o destino se distancia, pois quando observamos algo em destaque na outra margem, mesmo que a direita ou esquerda, a primeira
e longa curva é sempre em sentido contrário.
O importante é que tudo correu espetacularmente bem.
No final após muita água de coco, retornamos às
conduções para que nos levassem ao local da esperada confraternização, que
aconteceu no Restaurante Jardim de Minas, próximo ao aeroporto da Pampulha e ao
lado da belíssima Igreja de Santo Antônio.
Do excelente restaurante, para não deixar ninguém com
água na boca, quase nada vou falar, ou melhor, vou apenas dizer que era muito
amplo, com diversos ambientes, árvores, jardins, música ao vivo e que várias opções nos foram oferecidas. Deixando de lado o trivial, cito apenas alguns saborosos itens, tais como, pasta de frango com
azeitonas, pão sírio, ovo de codorna, pasteis, azeitonas em conservas,
torresmo, mandioquinha, carne acebolada, costelinha, frango a passarinho,
lingüiça assada, carne de sol, rabada, dobradinha, moelinha refogada, chouriço,
etc. Ainda bem que havíamos tostado uma quantidade enorme de calorias durante a caminhada, e assim foi possível o sacrifício de
consumirmos tantas coisas boas, sem falar nas cervejas, refrigerantes e
principalmente na água mineral.
Durante nossa estada no restaurante, foi só animação,
cantamos, jogamos truco, aplaudimos os músicos, brindamos e muito fotografamos.
Ao término da confraternização diversos Andarilhos se
dirigiram a igreja, naturalmente para agradecer ao Criador, por tanta
felicidade individual e do grupo.
Retornamos um pouco cansados, mas com a alegria que é uma das nossas
características marcantes.
Já estou ansioso aguardando a próxima caminhada. Até lá vou ficar lembrando as adversidades desta
vida, isto, pelo que novamente presenciei no entorno da Lagoa: os Andarilhos Queluzianos, uniformizados,
animados, unidos, limpos e vibrantes, contrastando com a água da Lagoa, inerte,
descuidada, imunda, morta.
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